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segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Rádio comunitária como instrumento de resistência.

A rádio comunitária Resistência FM surgiu no bairro do Marco, periferia de Belém. A comunidade se organizou e levou ao ar, no dia 29 de setembro de 2004, a primeira transmissão da rádio que trazia uma nova proposta de comunicação popular.
Com uma programação bem diversificada a Resistência FM levava aos seus ouvintes muita informação sobre o cotidiano da comunidade e seus problemas. Passou a organizar os moradores para lutarem por direitos básicos, pois a comunidade padecia por falta de políticas públicas.
A experiência começava a dar resultados e a comunidade participava diretamente de todas as atividades organizadas pela rádio. Entre oficinas de comunicação popular, debates e práticas esportivas com a juventude a Resistência FM levava uma outra forma de se fazer comunicação popular.
A proposta era sair do estúdio e levar as idéias da rádio para a rua através de sua militância. Um exemplo muito claro foi quando os equipamentos da rádio forma instalados em frente a uma igreja da comunidade e alí, bem no meio da rua, as pessoas poderam ver de perto como se fazia uma programação de rádio.A própria comunidade era protagonista de um momento histórico naquele bairro.
Mas em maio de 2005, após oito meses no ar, a polícia federal fortemente armada junto com a Agência Nacional de Telecomunicações(ANATEL) invadem a rádio e apreendem todos os seus equipamentos.Alí começava outra luta da comunidade: a resistência de continuar com a rádio no ar.
Passaram-se dois anos e, em dezembro de 2007, a rádio voltava ao ar com os mesmos objetivos mas retomando de forma lenta a sua própria organização.
Com 28 dias de rádio no ar, novamente a polícia federal e a ANATEL voltaram a atacar a Resistência FM lenvando todos seu equipamentos e detendo um de seus militantes.
A luta da comunidade não parou e a  vontade de construir seu próprio meio de comunicação continua resistindo.O projeto da Resistência FM está muito vivo no seio da comunidade e a vontade de tê-la de volta é maior e mais forte.

Antônio Carlos Costa Luz

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